
Os suplementos alimentares desempenham um papel fundamental na complementação da dieta, ajudando a suprir deficiências nutricionais e atender às necessidades específicas de cada indivíduo. Eles são utilizados amplamente por consumidores em busca de saúde, bem-estar e melhoria do desempenho físico. Mas o que acontece no organismo quando ingerimos um suplemento? Neste artigo, exploramos os principais aspectos fisiológicos envolvidos nesse processo, com foco nas perspectivas de farmacêuticos e indústrias de suplementos.
Absorção e biodisponibilidade
Ao ingerir um suplemento alimentar, o primeiro passo é a sua digestão no trato gastrointestinal. Dependendo da forma do suplemento — como cápsulas, comprimidos, pós ou líquidos —, ele será quebrado em componentes menores para facilitar a absorção.
Vitaminas e minerais: Esses nutrientes são absorvidos principalmente no intestino delgado. Por exemplo, o cálcio requer a presença de vitamina D para uma absorção eficiente, enquanto o ferro é melhor absorvido em ambiente ácido.
Proteínas e aminoácidos: Suplementos proteicos são digeridos em peptídeos e aminoácidos, que entram na corrente sanguínea para apoiar a síntese muscular e outras funções metabólicas.
Ácidos graxos: Óleos e ácidos graxos essenciais, como ômega-3, são metabolizados no intestino e transportados por lipoproteínas.
A biodisponibilidade é um aspecto crucial. Ela determina a proporção do nutriente que é realmente absorvida e utilizada pelo organismo. Fatores como a presença de outros alimentos, condições de saúde e interações medicamentosas podem influenciar diretamente esse processo.
Distribuição e utilização no organismo
Uma vez absorvidos, os nutrientes são transportados pelo sangue para os tecidos onde são necessários.
Cada tipo de nutriente desempenha um papel específico:
Vitaminas do complexo B: Atuam como cofatores em reações enzimáticas essenciais para a produção de energia.
Antioxidantes como vitamina C e E: Combatem os radicais livres, protegendo as células do estresse oxidativo.
Minerais como magnésio e zinco: Participam da regulação de processos como contrações musculares e funções imunológicas.
O corpo utiliza os nutrientes de forma direcionada, priorizando áreas de maior necessidade. Quando há um excesso, alguns nutrientes podem ser armazenados (como vitamina A no fígado) ou excretados (como o excesso de vitamina C na urina).
Benefícios para a saúde
A suplementação adequada pode trazer diversos benefícios, incluindo:
Suplementar: Pessoas com dietas restritivas ou condições clínicas específicas podem beneficiar-se do consumo de suplementos vitamínicos, complementando o tratamento médico recomendado.
Apoio ao desempenho físico: Suplementos de creatina ajudam a melhorar a performance e a recuperação muscular.
Fortalecimento imunológico: O consumo de zinco, vitamina C e vitamina D está associado a um sistema imunológico mais robusto.
Riscos e considerações
Embora os suplementos ofereçam vários benefícios, o uso indiscriminado ou excessivo pode causar efeitos adversos, como:
Toxicidade: O excesso de vitaminas lipossolúdeis (A, D, E e K) pode levar a condições graves, como hipervitaminose.
Interações medicamentosas: Alguns suplementos podem interferir na eficácia de medicamentos, como anticoagulantes e antibóticos.
Dependência psicológica: Alguns indivíduos podem confiar excessivamente em suplementos, negligenciando uma dieta equilibrada.
Para farmacêuticos e profissionais da indústria de suplementos, compreender o impacto fisiológico dos suplementos é essencial para orientar consumidores e desenvolver produtos seguros e eficazes. Uma suplementação bem planejada, baseada em evidências científicas e necessidades individuais, é uma poderosa ferramenta para promover saúde e bem-estar.
Na HLCAPS, estamos comprometidos em fornecer soluções de alta qualidade para atender às demandas do mercado, sempre com foco na segurança e eficiência dos produtos.
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Referências Bibliográficas:
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